domingo, 19 de agosto de 2018

Saiba quanto custa despachar mala na hora de viajar de avião ou de ônibus

Cobrança pega passageiros de surpresa na rodoviária na hora do embarque.

  

Despacho de bagagem em aeroportos - André Coelho / Agência O Globo

 

RIO - O psicólogo Glleydson Ledson, de 38 anos, viajava com amigos do Amazonas para Minas Gerais, na última sexta-feira, quando foi surpreendido ao descobrir que poderia ter de pagar uma taxa na rodoviária do Rio devido ao peso de sua bagagem. Eles iam participar do Miss Brasil Gay, concurso que acontece em Juiz de Fora, e levavam vários volumes, com muitas fantasias:
— Viemos até o Rio de avião e tivemos que pagar R$ 350 por causa das malas à companhia aérea. Não sabia que também havia cobrança no transporte rodoviário. Mas, por sorte, o que estamos levando não ultrapassou o peso permitido.

Apesar de as bagagens em viagens rodoviárias serem reguladas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) desde 2002, muitos passageiros ainda são surpreendidos com as regras. Cada viajante pode levar até 30 quilos no bagageiro do ônibus, em volumes de, no máximo, um metro de dimensão. No interior do veículo, é permitido acomodar malas pequenas, que não ultrapassem o total de cinco quilos por pessoa. Para cada quilo excedente, pode ser cobrado até 0,5% do preço da passagem.

Para aferir o peso da bagagem, é preciso que a empresa de ônibus disponha de balança no local. Na Rodoviária Novo Rio, na capital fluminense, as viações Útil, Brisa, Sampaio, Gontijo, Kaissara, Itapemirim, Rio Doce e Penha têm o equipamento e fazem a pesagem. Já a 1001 e a Cidade do Aço não fazem a aferição porque “as linhas cobrem curtos trajetos e excessos de bagagem são raros”.
ELETRODOMÉSTICOS À PARTE
Hugo Lima, diretor técnico do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (Ipem/RJ), explica que o órgão faz inspeções periódicas nas rodoviárias para verificar se as balanças estão funcionando corretamente.


— Independentemente da verificação anual, realizamos blitzes periódicas nas rodoviárias de todo o estado, durante todo o ano, para garantir os direitos dos consumidores — comentou Lima.
Os passageiros que suspeitarem de irregularidades, no entanto, podem procurar a Ouvidoria do Ipem, que funciona de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h, pelo telefone 0800 2823040.
Indo para Paragominas, no Pará, a técnica de enfermagem Luzia Márcia disse não concordar com a cobrança, apesar de os limites de peso serem bem maiores do que em viagens aéreas:
— Eu não acho isso certo. A passagem já é muito cara e ainda querem colocar outro valor em cima. Se for algo absurdo, como um móvel, tudo bem. Mas cobrar por bagagem, eu não concordo.
A ambulante Gilmara dos Santos, de 40 anos, que estava indo de férias para Goiânia pela viação Útil, teve uma despesa imprevista, porque levava uma televisão e um rádio:


— Eles queriam me cobrar R$ 120. Mas eu não tinha esse dinheiro. Negociei na cabine e consegui pagar só R$ 80.
O transporte de eletrodomésticos não é caracterizado como bagagem, mas, sim, como encomenda, não sendo regulamentado pela ANTT. Dessa forma, cada companhia pode cobrar valores diferentes pelo frete.
Em caso de problemas com a bagagem ou com a encomenda, como danos ou extravio, o passageiro deve fazer uma reclamação à viação no local de desembarque, em formulário próprio fornecido pelas empresas. Para isso, é importante guardar os comprovantes dos volumes transportados.
Comprovado o problema, explica a ANTT, as empresas rodoviárias são responsáveis por indenizar os clientes no prazo de 30 dias a partir da data de reclamação. A indenização é calculada de acordo com a tarifa do serviço convencional, podendo chegar a até três mil vezes o coeficiente tarifário, para casos de danos, e a dez mil vezes o coeficiente tarifário, se houve extravio.
Se não houver acordo ou atraso no pagamento, o passageiro pode fazer uma denúncia à Ouvidoria da ANTT — pelo telefone 166, pelo e-mail ouvidoria@antt.gov.br ou nos pontos de atendimento da agência nas principais rodoviárias do país — ou ainda registrar uma reclamação no Procon.

Recife e Região - Ônibus da Mobibrasil é depredado e passageiros ficam feridos em briga de torcidas

Uma Confusão entre torcedores do Sport e do Santa Cruz terminou com um ônibus da empresa Mobibrasil destruído e duas pessoas feridas no bairro de Sitio Novo, em Olinda. O caso aconteceu enquanto o veículo fazia a linha 2920 - Rio Doce / CDU. Membros da torcida do Sport que estavam do lado de fora do veículo, começaram a provocar os torcedores  do Santa Cruz, que estavam dentro do ônibus. Teve inicio um confronto, e os torcedores do Sport começaram a jogar pedras no coletivo, atingindo dois passageiros, um no braço e outro na cabeça

Foto: Reprodução / Jornal do Comércio

Fonte: Jornal do Comércio
Este conteúdo foi produzido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Para compartilhar, use o link https://tvjornal.ne10.uol.com.br/noticia/ultimas/2018/08/19/onibus-e-depredado-e-passageiros-ficam-feridos-em-briga-de-torcidas-47130.php
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BELEM - 'Os ônibus em Belém estão todos sucateados', diz motorista que presenciou quatro ônibus no prego em apenas uma viagem

Grupo de passageiros em viagem de Icoaraci ao centro da cidade foi transferido para três ônibus diferentes e os três veículos ficaram no prego. Próximo à UEPA do Telégrafo eles presenciaram um quarto ônibus com defeito na pista. 

“Um absurdo! Ser transferido para três ônibus porque os três ficaram no prego. E ainda levamos quase três horas pra fazer o trajeto Icoaraci-centro. Dava tempo de fazer uma viagem pra fora do estado!”, disse o motorista de um dos veículos com defeito, que não quis se identificar.
O primeiro veículo com defeito parou na travessa São Roque, ainda em Icoaraci. Os passageiros foram transferidos para outro ônibus, da mesma linha, Icoaraci Ver-o-Peso, que também ficou no prego na avenida Arthur Bernardes próximo à entrada do Tapanã. Os passageiros novamente foram transferidos para outro ônibus, que também apresentou defeito no bairro do Telégrafo. Antes disso, esse coletivo recebeu passageiros de outro veículo que estava no prego em frente à UEPA. 

  Passageiros são transferidos para este terceiro ônibus (Foto: Luiz Cláudio Fernandes) 
Passageiros são transferidos para este terceiro ônibus (Foto: Luiz Cláudio Fernandes)
  Passageiros são transferidos para este terceiro ônibus  (Foto: Luiz Cláudio Fernandes) 
Passageiros são transferidos para este terceiro ônibus (Foto: Luiz Cláudio Fernandes) 
 
O autônomo Cláudio Fernandes também pegou um ônibus da linha Icoaraci Ver-o-Peso esta semana e o ônibus ficou no prego. Ele denuncia que o problema é rotineiro e que os ônibus são sujos. Alguns seguem viagem vagarosamente por causa de problemas visíveis no motor.
“É um desrespeito à população! Eu já viajei para várias capitais e constatei que Belém tem o pior sistema de transporte”, diz a estudante Alessandra Albuquerque. Ela informa que está reunindo um grupo de amigos para procurar a Defensoria Pública do Pará e mover uma ação coletiva contra o município. A defensora pública Luciana Filizzola Bringel, da Associação dos Defensores Públicos do Pará (ADPEP), esclarece que a população deve procurar o Núcleo do Consumidor (Nucon) da Defensoria Pública para esse tipo de situação.

Passagem cara

Segundo a população, o valor da passagem de ônibus (R$ 3,30) é muito cara e não condiz com a qualidade do serviço oferecido. Nesta sexta-feira (17), inclusive, não repercutiu positivamente uma campanha veiculada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel) sobre o preço da passagem. Indignados, internautas e instituições paraenses criticaram a propaganda "Se mais passageiros pagassem, a tarifa poderia ser menor".
De acordo com a campanha, de cada 50 passageiros, 9 são gratuidades (idosos e deficientes); 10 são estudantes que pagam meia passagem; 15 são trabalhadores com carteira assinada que utilizam o vale transporte e 16 são pessoas que pagam em dinheiro a tarifa integral. Ainda de acordo com o sindicato, os benefícios sociais como gratuidade e meia passagem, previstos em Lei, geram impacto direto no valor da tarifa.

A Comissão de Proteção aos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-PA publicou uma nota de repúdio contra a campanha da Setransbel. “A propaganda aduz que o valor alto da tarifa paga nos transportes públicos é vinculada diretamente ao número de pagantes usuários do serviço, alertando, entretanto, que o alto número de gratuidades que são fornecidas (por lei, diga-se) aos idosos, pessoas com deficiência e meia passagem aos estudantes, são um grande prejuízo, pois se todos pagassem o valor normal da passagem, a tarifa então seria menor. Tal manifestação coloca todas as pessoas com deficiência como vilãs na sociedade”, diz a nota.
“Lembramos que as pessoas com deficiência pagam os mesmos impostos, e, têm por direito, a gratuidade nos transportes. Vivem numa sociedade cega, pois são excluídas das políticas públicas. A lógica de toda a empresa é o lucro, a livre iniciativa, por óbvio, entretanto transportes públicos são serviços de concessão do Estado, ou seja, há um papel de função social a ser cumprido, o que quer dizer garantir direitos à população a igualdade e não só de cunho formal, mas também no aspecto material, da equidade”, continua o texto.
A nota frisa ainda que tal tipo de publicidade “configura-se como verdadeira desonestidade intelectual, gerando odiosidade a grupos que já são por si só marginalizados socialmente”. “É no mínimo absurdo um comercial que propaga a ideia de que benefícios sociais historicamente conquistados através de muita luta não são justos ou merecidos. Absurdo e discriminatório. Assim, pedimos imediata retratação do órgão público”, finaliza a nota.
A Associação de Mães e Amigos dos Autistas do Pará (AMAAP) também apresentou a sua indignação à campanha e a classificou como "um desserviço". A instituição pediu que o sindicato retire imediatamente o comercial de todas as mídias nas quais foi veiculado e "que acrescente uma nota de reparação a toda a população direta e indiretamente afetada pela irresponsabilidade de sua publicidade".

O Ministério Público do Estado do Pará deve se pronunciar na próxima segunda-feira (20) sobre a publicidade. 

 

SALVADOR - Mais 7 linhas urbanas começam a operar na estação de ônibus do aeroporto a partir deste sábado

Desde a inauguração do terminal, apenas uma linha urbana e outras 36 metropolitanas passavam pelo local.

Mais 7 linhas urbanas começam a operar na estação de ônibus do aeroporto de Salvador a partir deste sábado (18). Com as novas linhas, a estação passa a receber 8 linhas urbanas e 36 linhas metropolitanas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), desde a inauguração do terminal, que ocorreu no dia 8 de agosto deste ano, apenas uma linha urbana, a 1024 (Jardim das Margaridas), estava em operação no local. 

A partir deste sábado, essas linhas deixam de passar pela Rua Gerino para atender à população na Plataforma A do Terminal. Veja quais são as linhas:
  • 1003: Aeroporto-Lapa
  • 1001: Aeroporto-Praça da Sé
  • 0410: Sieiro-Aeroporto
  • 1002: Aeroporto - Campo Grande
  • 1625: Paripe – Aeroporto (Via Cajazeiras)
  • 1632: Fazenda Coutos - Aeroporto
  • 1653: Paripe- Aeroporto (Via São Rafael)
A estação de ônibus tem 13 baias para coletivos e três plataformas para embarque e desembarque de passageiros. O terminal tem capacidade para o tráfego de 91 coletivos por hora e mais de 100 mil passageiros por dia.
O acesso para os usuários é feito pela passarela que liga o terminal de ônibus à estação do metrô do aeroporto, à Rua Gerino de Souza Filho e à Avenida Santos Dumont. 

Estação de ônibus do aeroporto de Salvador tem ampliação de atendimento a partir deste sábado (Foto: Carol Garcia/Divulgação) 
Estação de ônibus do aeroporto de Salvador tem ampliação de atendimento a partir deste sábado (Foto: Carol Garcia/Divulgação)